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Famoso por ter sido inspiração de um dos maiores compositores da história da Música Popular Brasileira, Arnesto faleceu na tarde de ontem (26), aos 99 anos.
Ernesto Paulelli ficou conhecido ao ser personagem do “Samba do Arnesto”, composto por Adoniran Barbosa. Sua família informou que ele foi internado na última sexta feira (21) no Hospital Sancta Maggiore, após fraturar o fêmur.
Arnesto que deixou dois filhos, dez netos e nove bisnetos, uma vez desmentiu o amigo em uma entrevista. “O Adoniran era um fanfarrão. Nunca o convidei para um samba em casa”, disse a respeito da letra da música. E confirmou que uma vez cobrou o cantor pela “história mal contada”. “Arnesto, meu amigo, se não tivesse mancada, não tinha samba. Segura essa pra mim!”, rebateu Adoniran.
Ernesto recebeu um presente de Adoniram que guardou como relíquia e com muito orgulho: a primeira partitura do “Samba do Arnesto”, com uma dedicatória. “Ao acadêmico Ernesto Paulella (sic), a quem dediquei esta composição quando do seu lançamento, em maio de 1955. Homenagem do autor, Adoniran.”
Os dois trabalhavam nas rádios paulistanas, onde se conheceram em 1938. “Ele logo me chamou de Arnesto. E disse que meu nome dava samba.” Adoniran foi homenagear o amigo quase 20 anos depois. “Foi a maior emoção da minha vida”, contava Ernesto que gostava de falar que a música era sua “segunda certidão de nascimento”.
O velório começou às 23h de ontem e o enterro ocorreu às 12h desta quinta-feira (27), no Cemitério do Araçá, em São Paulo.
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