Como Lidar Com a Morte de um Ente de Funcionário?

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Lidar com a morte nunca é uma tarefa fácil: saiba quais os direitos e como agir com o falecimento de um parente de colaborador

Infelizmente ninguém fica imune ao falecimento de um parente próximo. E lidar com a morte sempre afeta o modo como a pessoa se relaciona com o ambiente – e isso inclui também o local de trabalho.

Gestores e colegas são fundamentais nesse momento de auxílio ao colaborador para superar uma grande perda.

Quantos dias o funcionário em luto pode se afastar?

O atual Código do Trabalho afirma, pelo Art. 473, que o colaborador tem direito a dias de afastamento do trabalho devido ao falecimento de familiares. Este período é de dois dias consecutivos por falecimento “de cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica”.

Calma, vamos simplificar para você! O colaborador tem direito a faltar no caso de morte de:

  • Cônjuge;
  • ASCENDENTE: parentes de gerações anteriores como pai, mãe, avôs, avós, bisavós, bisavôs, tataravôs, etc.,
  • DESCENDENTE: parentes de gerações posteriores como filhos, netos, bisnetos, tataranetos, etc.

No caso de servidores públicos, cada estado e município pode estabelecer um período específico de licença. Mas, de forma geral e quando não há uma lei definida pela região, o colaborador tem direito a 8 dias consecutivos devido a  falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

Pela Lei, falecimento de tios, tias, sobrinhos e primos não têm dias permitidos para ausência no trabalho – assim, caso tenha ausência, cada dia é contado como um abono.

Só que a maioria das empresas oferece o mínimo de uma semana de afastamento ao colaborador em luto. Até dois dias de licença pode ser pouco para quem precisa lidar com a morte de um ente querido e resolver pendências.

É preciso que a empresa pense de forma humanizada – muitas vezes o colaborador retornar o quanto antes ao trabalho não contribui em nada com sua produtividade.

Devo mandar mensagem sobre a perda para todos funcionários?

A privacidade do colaborador vem em primeiro lugar. Assim, pergunte a ele se o funeral pode ser divulgado e se ele gostaria que os demais colegas estivessem presentes.

Somente se a resposta for positiva, vale enviar um e-mail ou recado via Intranet a todos; e a presença dos colegas na cerimônia pode ser de grande importância, principalmente com perdas de familiares muito próximos.

Além disso, um gesto adequado ao momento é o envio de uma coroa de flores ao velório, em nome da empresa. Você pode fazer essa encomenda de forma online com a CoroasParaVelório, tendo o envio da homenagem em até 2 horas depois do pedido.

Dá para manter a produtividade durante o afastamento do colaborador em luto?

Sim, é possível. O gestor do departamento deve dividir as responsabilidades daquele que está de luto entre os demais colegas.

Isso não é só uma maneira de manter a produtividade, mas também de prestar solidariedade com o próximo. Afinal, quando ele retornar ao trabalho não estará sobrecarregado com tarefas acumuladas.

Como acolher o colaborador no retorno ao trabalho?

Tentar transparecer que nada aconteceu é uma péssima ideia. Assim como discursos de “já passou, vamos seguir em frente” não são nada agradáveis à pessoa de luto.

Gestores e colegas têm de respeitar o momento de tristeza e mostrar apoio nessa fase delicada de lidar com a morte, entendendo que é normal que o funcionário esteja menos produtivo principalmente no primeiro mês a partir do retorno.

É preciso oferecer atendimento psicológico ao colaborador de luto?

Ao voltar ao ambiente de trabalho, muitas vezes o funcionário em luto tem ilusões de correr risco de perder o emprego por sua produtividade estar baixa. Para evitar esta ilusão, uma conversa de apoio pelo gestor principal é muito importante.

Caso seja perceptível que os sintomas de desânimo, insônia, falta de apetite e depressão estejam intensos, o departamento de RH deve conversar com o funcionário e encaminhá-lo a um acompanhamento psicológico.

Isso não significa que o colaborador deva ser afastado novamente, mas sim que deve ser incentivado a procurar outros meios de controlar suas emoções.

Ao ter “apoio” e “respeito” como mantras, sua empresa conseguirá dar todo o suporte necessário para que o funcionário de luto consiga lidar com a morte de um ente próximo e ter um bom retorno ao trabalho.