Tempo de leitura: 2 minutos
As doenças graves e a morte ainda são um grande tabu na sociedade brasileira. Quem traz essa afirmação é uma pesquisa do Sincep/Acembra (Sindicato e Associação dos Cemitérios e Crematórios Privados do Brasil), divulgada em novembro de 2018.
Os dados do levantamento mostram a dificuldade do brasileiro em falar sobre o assunto quando alguém morre, além da falta de reconhecimento nos rituais fúnebres como o velório e o enterro.
A dificuldade de lidar com a morte
A presidente do Sincep, Gisela Adissi, em entrevista ao portal Band Notícias, afirmou que as entidades do setor sentiram a necessidade de ter mais dados sobre como o brasileiro lidava com o assunto, dando um panorama mais completo sobre a percepção da população em relação ao fim da vida.
“Há algum tempo nós temos nos dedicado ao aprimoramento do atendimento mais humanizado às famílias e para isso temos buscado compreender melhor as várias questões em torno do luto, como, por exemplo, entender por que as pessoas estão passando cada vez menos tempo nos locais que deveriam ser de celebração à memória de entes queridos”, relatou Gisela ao portal de notícias.
O estudo do Sincep foi realizado em 2018 com 1.000 entrevistados das classes A, B e C, maiores de 18 anos. A pesquisa considerou a classificação de 1 a 5, onde 1 significava “pouco medo” e 5 “muito medo”. Destacam-se na pesquisa os seguintes números:
- 75% dos brasileiros têm muito medo de perder alguém próximo
- 30% dos entrevistados têm muito medo de morrer
- apenas 1,6% disseram não ter medo algum de morrer ou de perder alguém próximo
- para 63% dos brasileiros, a morte está relacionada à tristeza; para 55%, dor e saudade; para 51%, sofrimento; para 44%, medo; e para 19%, libertação
- 75% dos entrevistados acreditam que a morte ainda é um tabu na sociedade
- 44,6% dos pesquisados não se sentem à vontade para ir em um velório, mas acham importante comparecer; 45,3% têm o mesmo sentimento em relação ao enterro
- 52,9% dos brasileiros não costuma ir às missas de 7º dia.